sexta-feira, 11 de abril de 2014

Servidores da UFC unem-se aos trabalhadores da Unilab e aderem à greve nacional.

FONTE: www.sintufce.org.br

Os técnico-administrativos da Universidade Federal do Ceará (UFC) decidiram, nessa quinta-feira (10/04), em Assembleia Geral Extraordinária, entrar em greve por tempo indeterminado. A plenária reuniu cerca de 290 servidores da UFC - dos campi de Fortaleza, Sobral, Pentecoste e Quixadá; da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab);  e  da Universidade Federal do Cariri (UFCA).

Clique aqui para assistir o vídeo da Assembleia.


O Comando Local de Greve (CLG) dos técnico-administrativos da UFC será instalado às 14 horas de terça-feira (15), após o cumprimento legal das 48 horas do comunicado à administração superior da universidade sobre a paralisação. Na oportunidade, será realizado um Ato político, que reunirá os grevistas e entidades sindicais parceiras no pátio da Reitoria da UFC.


Em todo o país, técnico-administrativos de 37 universidades federais já aderiram à greve nacional desde o último dia 17 de março. A paralisação de todas as universidades federais foi deliberada em Plenária Nacional Estatutária, realizada nos dias 8 e 9 de março, em Brasília, pela Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra). A categoria dos técnico-administrativos é composta, atualmente, por 142 mil trabalhadores na ativa em 63 universidades federais. Ativos e aposentados somam 174 mil servidores. Esses servidores tem o menor piso - aproximadamente 1 (hum) salário mínimo e meio - e teto salarial do funcionalismo público federal.


Unilab e UFCA
Os servidores técnico-administrativos da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) já aderiram à greve nacional deflagrada no último dia 17 de março pela FASUBRA. Com 40 (quarenta) votos a favor, 4 (quatro) contrários e uma abstenção, a paralisação foi a escolha dos servidores em educação em Redenção, durante Assembleia Extraordinária Local realizada no dia 18 de março de 2014. Todas as atividades e informações relacionadas à greve na Unilab podem ser acompanhadas no blog do Comando Local de Greve. Acesse em http://taeunilab.blogspot.com.br


Na UFCA, as mobilizações serão iniciadas a próxima semana. Os servidores lotados em Juazeiro do Norte, Barbalha e Crato serão reunidos em Assembleia Geral para a decisão sobre a adesão dos técnico-administrativos do Cariri ao movimento grevista.

Pauta da greve 
(a seguir, texto retirado o Informe de Greve da Fasubra)


A greve é a alternativa dos trabalhadores para exigir do Governo Federal o aprimoramento da carreira, aumentando o valor do piso salarial; o fim do processo de terceirização que vem aumentado a precarização do trabalho no serviço público. Exigimos concurso público para todos os níveis de classificação de nossa categoria, via RJU.


Cresce nas universidades o assédio moral como política de gestão bem como a perseguição aos trabalhadores que vão à luta por seus direitos. Por isso a nossa luta também é por democracia nas IFES, contra a implementação da EBSERH, paridade tanto para a eleição de dirigentes como nos conselhos universitários, pela liberação de dirigentes para o exercício classista e o fim das perseguições com a banalização dos Processos Administrativos (PADs).


Queremos creche para as mães e pais trabalhadores que apresentam dificuldades em deixar seus filhos em segurança para irem ao trabalho, hoje a média do benefício pago em relação ao auxílio creche é de R$ 80,00 reais, valor bem inferior em relação aos trabalhadores do poder legislativo e judiciário.


A universidade pode e deve estar aberta em três turnos ampliando o atendimento ao interesse público e ao mesmo tempo garantindo a redução da jornada de trabalho nos marcos do decreto 4836/2003, proporcionando melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e diminuindo o número de afastamentos por doenças relacionadas ao trabalho.


Recentemente o MPOG publicou uma portaria que  retira direito à insalubridade e consequentemente diminuição das remunerações sem acabar com as áreas insalubres, contrariando a orientação do Mandado de Injunção (MI nº 1554/DF).


Agregado a isto temos ainda a luta por um PNE que nos reconheça como trabalhadores em educação, o estabelecimento de 10% do PIB para Educação, a real democratização das instituições e principalmente o financiamento público somente para a educação pública.


Pontos do Eixo Específico da Greve nacional deflagrada em 17 de março:
- Aprimoramento da carreira - piso e step (em base ao acumulo histórico da categoria já deliberado);
- Extensão do art. 30 da lei 12.772/12;
- Ascensão funcional;
- Cumprimento integral do acordo da greve de 2012;
- Reconhecimento dos certificados de capacitação dos aposentados e reconhecimento dos cursos de mestrados e doutorados fora do país, e cronograma com resolutividade para a negociação dos relatórios de todos GTs;
- Turnos contínuos, com jornada de trabalho de 30 horas, sem redução salarial para manter a universidade aberta nos três turnos;  
- Revogação da Lei que criou a EBSERH, com concurso público pelo RJU, pela aprovação da ADIN;
- Não à perseguição e criminalização da luta! Democratização, já!



Pauta geral com as demais entidades do funcionalismo público:
- Definição da Data-Base em 1º de maio;
- Negociação coletiva e liberação para o exercício do mandato classista;
- Política permanente com reposição inflacionária, valorização do salário base e incorporação das gratificações;
- Enfrentamento ao FUNPRESP - em defesa da previdência dos servidores públicos;
- Auxílio alimentação para os aposentados;
- Anulação da Lei da Reforma da Previdência de 2003;
- Isonomia e valorização dos benefícios entre os três poderes.

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