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Relatórios dos Representantes do Ceará no Comando Nacional de Greve em Brasília
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Sobre a greve na FASUBRA... Cenário Nacional
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Após pressão dos caravaneiros governo admite a possibilidade de abrir uma agenda de negociações.
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Greve 2014. Servidores TAE da UNILAB realizam café de páscoa, apitaço e debate sobre turnos contínuos.
sexta-feira, 6 de novembro de 2015
quarta-feira, 25 de junho de 2014
O relato da experiência de um TA da Unilab.
A insensibilidade contextual e a opressão: as consequências de um modelo de gestão baseado nos resultados quantitativos, no tecnicismo e na burocracia.
"Início de trabalho depois de três meses de greve por melhores condições de trabalho.
Não há retorno para casa para o mísero servidor que, com seu salário bojudo, não pode comprar um carro próprio.
Não há onde se hospedar na cidade de menos de 30 mil habitantes. A pousada fecha as portas cedo.
Dormir de favor na casa de alguém? Talvez. Mas e se eu não quiser? Estarei errando? Sendo orgulhoso ou apenas revoltado porque me é negado o direito de dormir sob o teto do barraco de minha família?
Apontem-me o dedo à vontade. Eu deixo.
Hoje, cheguei em casa, do trabalho, às duas da madrugada.
E teria, não pela primeira vez, passado a noite no local de trabalho, ou pior, do lado de fora do local de trabalho, ao relento, se não fosse o fato de um professor ter sido também deixado a mercê do, ou da falta de, transporte público. Ele contratou um táxi de Fortaleza e pagou um quantia com certeza absurda pra voltar pra casa. Me concedeu uma carona.
Eu me pergunto: estou errado quando penso que o empregador não pode exigir do empregado o cumprimento de uma jornada de trabalho que vai até às 22h30min, quando sabe que não há transporte para esse empregado retornar ao seu lar? Isso é realmente correto?
Errado estou eu ao pensar que o empregador não pode, mesmo que circunstancialmente, exigir do empregado transporte próprio?
Estou errado quando não quero dar crédito ao argumento que diz que o servidor da Unilab sabia das condições de trabalho e que, portanto, tem de empurrá-las goela abaixo?
Errado estou eu, se reclamo da FALTA de transporte público? Olha que nem estou falando das lotações, dos atrasos, da imprudência na avenida! Imagina! Quem disse que sou tão exigente pra querer que isso mude! Só quero que me respeitem. Ainda que minha contribuição para a Unilab seja pequeníssima. Ainda que minhas atribuições se resumam quase que a atividades operacionais, de simples execução.
Tudo bem. Eu vim pra Unilab porque quis. Tinha um plano lindo: ensinar o Esperanto. Num ambiente tão internacional como a Unilab, o Esperanto encontra terreno fértil. Até comecei. Criei um blogue (www.esperantounilab.net), comprei alguns livros (como o que se vê na imagem abaixo. É um livro que esboça a história do Esperanto na África. Por ironia do destino, só chegou hoje, quatro meses depois que comprei. aff) e ensinei no pátio porque, para projetos não-oficiais, não havia sala. Uma só pessoa se tornou fluente, é verdade. Mas fiquei feliz. Idealistas costumam crer que o amanhã trará frutos melhores.
Pena que idealistas também se desiludem.
Tudo bem. Eu não nasci em um berço de ouro. Desde os 15 anos, precisei e continuo a precisar de uma atividade remunerada.
Mas, de ti, instituição que maltrata o trabalhador, como se pode não desejar não mais precisar?"
(Paulo Silas Rodrigues Sena)
SINASEFE contesta a liminar equivocada do STJ
A Assessoria Jurídica Nacional (AJN) do SINASEFE protocolou nesta terça-feira (24) um agravo contra a liminar equivocada do STJ, que ataca nosso direito inalienável de greve. O texto coloca argumentos como a inconstitucionalidade da representação da PGF na ação e a autonomia dos institutos, destacando: "(...) o Governo Federal é que foi omisso em apreciar, discutir e negociar a pauta de reivindicações dos servidores dos Institutos Federais, ignorando a categoria, à qual não restou outra alternativa senão deflagrar o movimento grevista. Nesse contexto, a greve é legal e legítima, não havendo nenhuma abusividade". Confira o documento completo.
O documento foi protocolado nesta terça-feira (24), devido ao recesso do judiciário local por causa do jogo da seleção brasileira na segunda (23), e apresenta toda sustentação legal relacionada às nossas pautas e ao nosso direito de greve. Desde o recebimento da equivocada liminar já publicamos três documentos: Carta ao CONIF, Carta do CNG às bases e Nota sobre a greve (DN e CNG).
O SINASEFE debaterá os ataques ao direito de greve dos trabalhadores (as) na próxima PLENA, que acontecerá nos dias 28 e 29 de junho, em Brasília-DF.
terça-feira, 24 de junho de 2014
Epidemia de ebola na África está "fora de controle", diz ONG.
A organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertou hoje (23) que a epidemia de ebola na República da Guiné, em Serra Leoa e na Libéria está "fora de controle", pelo que é necessário uma mobilização maciça de recursos.
Em comunicado, a MSF recorda que foram identificados doentes em mais de 60 locais dos três países da África Ocidental infectados, o que torna muito difícil localizar, identificar e tratar os doentes para deter o surto.
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Mapa do Ebola no OESTE da ÁFRICA |
"A epidemia está fora de controle. Com o aparecimento de novos focos em Guiné, Serra Leoa e na Libéria existe um risco real de o surto se expandir para outras áreas", afirmou o médico Bart Janssens, da MSF.
A ONG indica que atualmente é a única organização que está tratando os doentes de um vírus "que pode matar até 90% dos infectados". Até agora, a organização tratou 470 doentes, 215 dos quais eram casos confirmados de ebola, mas está "tendo problemas para responder a um número crescente de casos", disse o médico. "Alcançamos o nosso limite. Apesar dos recursos humanos e do equipamento enviados pela MSF para os três países, não podemos enviar as nossas equipas para novos lugares", alertou Janssens.
No comunicado, destaca-se ainda que o atual foco de ebola não tem precedentes no que diz respeito à distribuição regional, ao número de pessoas infectadas e ao número de mortes. Os dados anunciados hoje pela Organização Mundial de Saúde (OMS), informam que o número de óbitos por causa da epidemia de ebola na África Ocidental subiu para 350, dos 528 casos confirmados.
"A OMS, os países afetados e os países vizinhos devem disponibilizar os recursos necessários, em particular pessoal médico, e fazer campanhas de sensibilização. O ebola já não é uma questão de saúde pública limitada à República da Guiné, mas que afeta toda a região", indicou a organização.
Esta é a primeira vez que se identifica e se confirma a existência de uma epidemia de ebola na África Ocidental (até agora a principal incidência era na África Central), tendo, nos últimos dias, sido diagnosticados dezenas de novos casos na República da Guiné, em Serra Leoa e na Libéria, os três países onde, por enquanto, foram detectadas infecções.
A OMS agendou para o início de julho um encontro de alto nível para debater sobre a epidemia e sobre medidas urgentes que devem ser adotadas para controlar o avanço da doença. A reunião acontecerá em Acra, capital do Gana, e serão convidados todos os ministros da Saúde da região.
Apesar da situação, por agora, a OMS não recomenda qualquer restrição em viagens ou comércio na região.
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Final da Greve 2014 na Unilab. Excertos da Ata que deliberou pelo final da greve.
Ata da assembleia
extraordinária dos Técnicos Administrativos em Educação da Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira
Iniciou-se às nove horas e
quarenta e um minutos do dia vinte de junho de dois mil e quatorze, no Campus
da Liberdade, em Redenção – Ceará, assembleia extraordinária dos Técnicos
Administrativos em Educação da Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira. Os pontos de pauta eram as seguinte: (1) informes,
(2) Avaliação do resultado da greve, (3) Avaliação da última reunião ocorrida
com a reitoria e (4) Sobre a declaração da justiça que declarou a greve
abusiva. Foi aprovada por unanimidade a retomada das
atividades. Nada mais havendo a tratar, a sessão
foi encerrada às onze horas e cinco minutos, da qual, para constar, eu, Paulo
Silas Rodrigues Sena, técnico administrativo do Instituto de Humanidades e
Letras, lavrei a presente ata.
sexta-feira, 6 de junho de 2014
UNILAB: às Assembleias Gerais da categoria, mídia interna nenhuma; ao Beach Park, ampla divulgação!
No último dia 28 de Maio, em meio à greve dos servidores TAE da Unilab, a "mala direta" de emails institucionais da universidade, mais uma vez, deu a sua colaboração para a divulgação de pacotes oferecidos pela empresa Beach Park dentre os servidores da universidade (Docentes e TAE). A princípio, não haveria problema algum, como certamente pensaria o leitor comum deste post, um pouco menos avisado ou talvez pouco memoriado dos fatos político-institucionais que se remontam a este veículo de comunicação interna. Porém, valendo-se dos fatos, vale a pena contextualizarmos aqui os motivos de nossa discordância, indignação e sensação de desrespeito para com a categoria dos servidores Técnico-administrativos em Educação!
Desde a greve de 2012, os servidores TAE da Unilab utilizavam-se livremente da referida "mala direta" de emails como instrumento dos mais importantes para sua comunicação interna. Lá, notícias eram divulgadas, comentários críticos e debates acalorados eram realizados, reuniões e assembleias gerais da categoria eram combinadas, agendadas. Tratava-se, com certeza, do principal meio de articulação da organização política da categoria e talvez seu mais democrático e participativo instrumento.
Funcionava assim, qualquer servidor TAE da universidade enviava um email para servidor.ta@unilab.edu.br e pronto, todos receberiam e leriam. Muitos respondiam e, assim, um amplo
espaço de bate-papo estava colocado.
Porém, a partir de meados de 2013, por ordem da administração superior da universidade, o instrumento de comunicação foi interrompido, cerceado, desautorizado. Não que os servidores TAE não possam, ainda hoje, enviar email para o endereço. Porém, fazendo-o, estão sujeitos a que seu conteúdo seja previamente "censurado", "avaliado", em geral, tendo sido negada a ampla publicação. Diga-se de passagem, foi um encaminhamento unidirecional, sem diálogo com os servidores, sem qualquer esclarecimento razoável para o fato, prejudicando por meses a articulação de reuniões e assembleias da categoria, assim como dificultando o livre debate sobre temas relevantes para os técnico-administrativos da universidade.
Além disso, como se o autoritarismo da decisão não fosse suficiente, a "mala direta" passou, independentemente dos fatos, a propagandear, sem qualquer justificativa razoável, as promoções, os pacotes e os preços de Beach Park, sem, mais uma vez, qualquer esclarecimento à comunidade acadêmica sobre quais são os critérios para a utilização do serviço. Insistentemente é realizada ampla divulgação deste tipo de conteúdo, destinado aos interesses de uma empresa privada, enquanto simultaneamente a propagação de debates, discussões e agendas de interesse de uma das três categorias que compõe a comunidade acadêmica da Unilab são negadas e/ou desestimuladas por ato de censura prévia de conteúdo.
Em ambas as reuniões da categoria com o CONSUNI e com a Reitoria durante a atual greve, o assunto foi tratado: as duas datas anteriores a data da última divulgação do Projeto Empresa Beach Park; porém, apesar delas, o fato irrazoável prossegue, em meio a ausência de respostas da administração superior às demandas apresentadas pela categoria.
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Folder do Beach Park propagandeado institucionalmente. |
As greves e a intransigência.
As greves que estão em curso no país se enfrenta com todos os governos...
Seja do PT,PSDB e até do PSOL no Amapá.
Há uma insatisfação geral no país que está expressa inclusive na recente pesquisa DATA FOLHA, que aponta a queda de Dilma, Aécio e Campos. E o aumento dos indecisos, dos votos brancos e nulos.
Parte importante dos elementos que fortalecem essa insatisfação as vésperas da copa tem haver com a forma que os governos tratam as categorias em greve. Não há dialogo, não há negociação... Só há criminalização e repressão das lutas e greves! E os governos se comportam assim, porque não tem um projeto de transformação profunda da sociedade. O projeto vigente tem muito mais haver com a administração da crise do capital jogando a conta para os trabalhadores pagar.
O CNG/FASUBRA no dia de ontem aprovou por unanimidade a continuidade da greve e está enviando orientações importantes para os comandos locais. Há varias universidades que estão avançando na discussão da jornada através da força do movimento, há uma luta de resistência na UFPR contra a EBSERH, sem falar que até agora o governo Dilma segue com a intransigência igualzinha do PSDB de Alckimin que não negocia com os trabalhadores das universidades estaduais paulistas. Nós queremos NEGOCIAÇÃO!
Há setores no movimento que estão trabalhando firme para derrotar a greve a serviço do governo jogando confusão nas redes sociais tentando desmoralizar aqueles que estão lutando em cada comando local de greve por todo país.
Não vamos recuar, não vamos baixar a cabeça, não estamos no momento de esmorecer! Agora é hora de fortalecermos a greve como nunca...
Nós viemos pra vencer!
NA COPA VAI TER GREVE!
Gibran Jordão
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