FONTE: opovo.com.br
A Assembleia Geral dos servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), realizada na sexta-feira, 11, no ginásio poliesportivo do Campus Fortaleza, a maioria dos presentes decidiu não aderir à greve nacional da categoria, aprovada para começar no dia 21 deste mês. Porém, um grupo formado por servidores TAE, professores e estudantes comporão uma comissão para se reunir esta semana com a diretoria do Instituto, visando debater sobre os problemas destacados durante a assembleia. Ainda existe a possibilidade dos servidores no Ceará virem a integrar o movimento de greve nacional.
Na assembleia da sexta-feira, foram discutidas a falta de resposta às reivindicações nacionais e locais e as dificuldades vivenciadas no dia a dia no IFCE. Eles reclamam da precarização nos institutos, insuficiência de servidores, falta de diálogo por parte do Governo.
A assembleia contou ainda com a presença de representantes de outras entidades como as de estudantes e de servidores da UFC e da UNILAB, além da representação do SINASEFE.
O IFCE estava em indicativo de greve, por medida aprovada na última assembleia geral da categoria, realizada no último dia 21 de março, na ocasião, por ampla maioria dos presentes. A insuficiência de professores, o assédio moral, a insegurança nos campi, a demora no pagamento do retroativo docente, a falta de infraestrutura adequada para as atividades estão entre as reclamações dos servidores do instituto.
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| Servidores do IFCE reunidos em Assembléia, no Campus Fortaleza. 11/04/2014. |
O encaminhamento da categoria de iniciar uma greve em abril deste ano foi questionada pela reitoria do Instituto, que em nota de esclarecimento, disse não haver razões consideráveis para que os funcionários paralisem suas atividades.
Na nota, são elencados encaminhamentos locais para as questões postas em pauta, o que motivou a categoria a votar contra a greve, ao menos temporariamente.
Vale lembrar, que além da pauta interna dos servidores do IFCE e dos possíveis encaminhamentos dado pela direção local, o estímulo ao movimento grevista é de origem nacional, as pautas traçadas pelos sindicados da categoria preveem soluções a nível federal e que a negativa do IFCE de entrar em greve vai de encontro aos interesses dos técnicos e docentes representados nas instâncias federais da categoria.
Do mesmo modo, a negativa ao indicativo de greve contraria os sindicatos locais e nacionais que representam as mesmas categorias e cargos a nível de universidades, assim como os pares de instituições como a UFC e a UNILAB.
A decisão do IFCE de não aderir a greve, deste modo, parece basear suas conclusões em soluções internas e na pressão realizada pela direção, através da nota, para intimidação do movimento. Os estudantes presentes, segundo Paulo Roberto, TAE da UNILAB que esteve no evento, colocaram-se também contrários, fato que também tensionou a decisão.
No entanto, ainda há a esperança, a partir da comissão organizada, de que a decisão coletiva possa ser revista.


Um comentário:
Olha aí o companheiro Paulo Roberto marcando presença importantíssima na assembléia do ifce. Parabéns pela iniciativa.
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